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Empresas que resistem ao trabalho híbrido podem perder talentos e enfrentar aumento do ‘quiet quitting’
Modelo de trabalho flexível se consolida como diferencial para retenção e engajamento dos funcionários.
Um recente estudo do International Workplace Group (IWG), líder mundial em soluções de coworking e trabalho híbrido, alerta que empregadores que mantêm práticas rígidas de controle sobre local e padrão de trabalho correm o risco de enfrentar o fenômeno do “quiet quitting” — situação em que funcionários executam apenas o mínimo de suas funções. A pesquisa mostra que um em cada cinco trabalhadores já se sente desmotivado, o que representa uma ameaça à produtividade e à retenção de talentos.
O estudo revelou que 57% dos trabalhadores se dizem mais propensos a adotar o “quiet quitting” caso não tenham flexibilidade para escolher onde trabalham. Entre os principais incômodos estão o deslocamento longo, a microgestão e a falta de autonomia. Em contrapartida, empresas que oferecem a opção de trabalho híbrido obtêm maior comprometimento de suas equipes, com 78% dos colaboradores relatando aumento na produtividade nesse modelo.
Flexibilidade como diferencial competitivo
Empresas que oferecem flexibilidade para o trabalho híbrido destacam-se na retenção de talentos. Segundo o estudo, 62% dos profissionais no modelo híbrido considerariam deixar o emprego se fossem obrigados a retornar ao escritório em período integral. Além disso, 71% afirmam que recusariam uma oportunidade de trabalho que envolvesse um longo deslocamento, e 72% priorizam funções que permitam a escolha do local de trabalho.
Tiago Alves, CEO Brasil do IWG, afirma que o modelo híbrido não só mantém os níveis de engajamento, mas também atua como um fator competitivo no mercado de trabalho. “A flexibilidade permite um melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de engajar os colaboradores, fator essencial para atrair e reter talentos de alto nível e garantir a qualidade das entregas,” pontua Alves.
Empoderamento e satisfação com o trabalho híbrido
O trabalho híbrido não apenas promove produtividade, mas também permite que os funcionários decidam sobre seus horários e locais de trabalho de forma personalizada, aumentando o sentimento de controle e satisfação. Segundo o estudo, 92% dos trabalhadores híbridos relatam que têm maior liberdade para determinar onde e quando são mais produtivos, um aspecto crucial para evitar o “quiet quitting.”
Estratégias para reduzir o ‘Quiet Quitting’
Para combater a tendência de “quiet quitting”, o estudo destaca três práticas de gestão eficazes: incentivar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, confiar na autonomia dos colaboradores e manter canais abertos para discutir novos modelos de trabalho. Esses pontos de gestão são corroborados por Nicholas Bloom, professor de economia em Stanford, que afirma que empresas com flexibilidade no trabalho híbrido podem reduzir taxas de rotatividade em até 35%.
Reduzindo desgaste e aumentando engajamento
Mark Dixon, CEO do IWG, conclui que liberar os funcionários do deslocamento excessivo e das limitações de um escritório fixo pode melhorar significativamente a produtividade e o bem-estar. “Ao permitir que os funcionários trabalhem no local onde são mais produtivos, as empresas não só melhoram os resultados como criam um ambiente menos suscetível ao desengajamento e insatisfação.”
O estudo deixa claro: adotar o trabalho híbrido não é mais um diferencial, mas uma necessidade para empresas que desejam atrair e reter talentos no cenário competitivo atual.