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Copom se reúne para decidir se diminui mais ou mantém a Selic em 8,75% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizou hoje (1º) a sexta reunião do ano para definir os rumos da taxa básica de juros (Selic), que está em 8,75% ao ano, o nível mais baixo de todos os tempos.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizou hoje (1º) a sexta reunião do ano para definir os rumos da taxa básica de juros (Selic), que está em 8,75% ao ano, o nível mais baixo de todos os tempos. A taxa remunera os títulos públicos federais depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
A reunião é desmembrada em dois dias, e só amanhã (2), no início da noite, será anunciado o posicionamento do colegiado de diretores do BC. Mas, se depender da sinalização dada na ata da última reunião do Copom, realizada nos dias 9 e 10 de junho, a taxa deve permanecer em 8,75%, encerrando um ciclo de afrouxamento da política monetária, iniciado em janeiro deste ano quando a Selic estava em 13,75%.
Esta é, pelo menos, a interpretação dos analistas financeiros ouvidos em pesquisa do BC, na última sexta-feira (28), para saber as tendências do mercado sobre os principais indicadores da economia. A pesquisa deu origem ao boletim Focus, divulgado ontem (31), onde a maioria dos analistas aposta na manutenção da taxa básica de juros em 8,75%.
Essa é a expectativa do economista José Góes, da corretora Win Trade. Ele disse que “existem fortes chances do Copom não promover um novo corte” da taxa Selic. “Como a maioria dos indicadores mostra que a retomada da economia brasileira já está em vigor, o Copom deve, de fato, encerrar o ciclo de afrousamento monetário”, afirmou.
De acordo com Góes, apesar do bom comportamento dos preços no curto prazo, o BC deu claros sinais na ata da reunião passada de que o atual patamar de taxa de juros, por hora, estimula a economia e é compatível com o atual quadro inflacionário. “Desta forma, a reunião do Copom desta semana não deve trazer grandes surpresas”, disse.
A economista-chefe do banco Fibra, Maristella Ansanelli, também acredita que o Comitê vai manter a taxa atual. Segundo ela, a ata da reunião anterior manifestou intenção de encerrar o ciclo de flexibilização da política monetária. Isso, aliado à ausência de mudanças importantes no cenário macroeconômico de lá para cá, “torna a decisão pela manutenção a mais provável”, afirmou.
Maristella Ansanelli disse ainda que não vê pressões inflacionárias em 2010. Razão porque acredita na manutenção do patamar de juros básicos também ao longo do próximo ano. A perspectiva para 2011, porém, é de “possível alta da Selic, especialmente por causa de uma política fiscal exageradamente expansionista”, completou.