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Queda da Selic: quais fundos de investimento têm rentabilidade ameaçada?
Os cortes realizados pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na Selic estão tornando a poupança mais atrativa do que os fundos de investimento.
Fonte: InfoMoney
Flávia Furlan Nunes
Os cortes realizados pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na Selic estão tornando a poupança mais atrativa do que os fundos de investimento. A questão já ganhou até atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reunirá com sua equipe econômica para estudar mudanças na rentabilidade das cadernetas e evitar uma migração entre os investimentos. Diante dessa situação, fica a dúvida: todos os fundos estão ameaçados?
A resposta é não. Conforme explicou o professor de Finanças e Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), Paulo César Coimbra, a poupança se torna uma alternativa, diante da queda da Selic, para "quem não quer manter os investimentos em renda variável".
Os fundos divergem bastante em perfil, existem os relacionados ao câmbio, às ações e também os de renda fixa. Os que são influenciados pela queda da Selic são os de renda fixa, os quais, por definição, devem manter, no mínimo, 80% de sua carteira em títulos públicos federais ou ativos com baixo risco de crédito.
"Quando levamos em consideração um corte na taxa de juro, consequentemente isso afeta a rentabilidade dos fundos de investimento em renda fixa. Ou seja, eles tendem a acompanhar, nas suas rentabilidades, essas quedas na taxa de juro", afirmou o professor da FGV.
Mais impactados
Dentro da modalidade fundos de renda fixa, ainda podemos separá-los em pré e pós-fixados. "Nos fundos pré-fixados, a característica principal é que, no momento da contratação, você tem noção precisa da rentabilidade que se pretende obter pelo período que está por vir, ao passo que em fundos que são pós-fixados, eles tendem a acompanhar essa movimentação da taxa básica da economia. Então, eles são mais sensíveis aos cortes", explicou Coimbra.
Ele disse acreditar que, com a perspectiva de queda nas taxas de juro, há um privilégio das aplicações pré-fixadas em relação às pós-fixadas. Por isso, num primeiro momento, Coimbra afirmou que os investidores em fundos devem migrar entre essas duas modalidades. Porém, à medida que a Selic vai caindo, e o rendimento da poupança vai se mantendo, é natural que até mesmo os investidores de títulos pré-fixados migrem para a poupança.
O gerente de Investimentos do Banco Real, Felipe Vaz, afirmou que o que "mais tem sido impactado num cenário de corte de juro são os fundos DI, porque eles acompanham todo esse movimento". Por outro lado, ele falou que quem pré-fixou um título sai ganhando diante desta situação, uma vez que a rentabilidade a juros altos já está garantida.
Poupança versus fundos de renda fixa
De acordo com Vaz, com a redução da taxa de juro, a poupança volta a ter benefícios para o investidor frente ao fundo de renda fixa, principalmente pelo fato de ela não ter incidência de imposto de renda. "A partir do momento que o governo reduz a taxa Selic, o meu título público que rendia 12,75% ao ano, rende 11,25%, e com expectativa de cair um pouco mais. São 1,5% de rentabilidade a menos em um ano", explicou.
Ele dá o seguinte exemplo: um fundo DI com R$ 10 mil e taxa de administração em 2,5%, que é normalmente o que se encontra no mercado brasileiro. Num cenário de Selic a 11,25%, a rentabilidade bruta seria algo em torno de 8,5% em um ano. Se descontar o Imposto de Renda, seria uma rentabilidade líquida de algo em torno de 7% ao ano.
"Então, são 7% do fundo contra uma poupança pagando ao redor de 7,20%. Você vê que a poupança já passa a ter benefício pelo fato de não pagar IR", ponderou o gerente.
A resposta é não. Conforme explicou o professor de Finanças e Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), Paulo César Coimbra, a poupança se torna uma alternativa, diante da queda da Selic, para "quem não quer manter os investimentos em renda variável".
Os fundos divergem bastante em perfil, existem os relacionados ao câmbio, às ações e também os de renda fixa. Os que são influenciados pela queda da Selic são os de renda fixa, os quais, por definição, devem manter, no mínimo, 80% de sua carteira em títulos públicos federais ou ativos com baixo risco de crédito.
"Quando levamos em consideração um corte na taxa de juro, consequentemente isso afeta a rentabilidade dos fundos de investimento em renda fixa. Ou seja, eles tendem a acompanhar, nas suas rentabilidades, essas quedas na taxa de juro", afirmou o professor da FGV.
Mais impactados
Dentro da modalidade fundos de renda fixa, ainda podemos separá-los em pré e pós-fixados. "Nos fundos pré-fixados, a característica principal é que, no momento da contratação, você tem noção precisa da rentabilidade que se pretende obter pelo período que está por vir, ao passo que em fundos que são pós-fixados, eles tendem a acompanhar essa movimentação da taxa básica da economia. Então, eles são mais sensíveis aos cortes", explicou Coimbra.
Ele disse acreditar que, com a perspectiva de queda nas taxas de juro, há um privilégio das aplicações pré-fixadas em relação às pós-fixadas. Por isso, num primeiro momento, Coimbra afirmou que os investidores em fundos devem migrar entre essas duas modalidades. Porém, à medida que a Selic vai caindo, e o rendimento da poupança vai se mantendo, é natural que até mesmo os investidores de títulos pré-fixados migrem para a poupança.
O gerente de Investimentos do Banco Real, Felipe Vaz, afirmou que o que "mais tem sido impactado num cenário de corte de juro são os fundos DI, porque eles acompanham todo esse movimento". Por outro lado, ele falou que quem pré-fixou um título sai ganhando diante desta situação, uma vez que a rentabilidade a juros altos já está garantida.
Poupança versus fundos de renda fixa
De acordo com Vaz, com a redução da taxa de juro, a poupança volta a ter benefícios para o investidor frente ao fundo de renda fixa, principalmente pelo fato de ela não ter incidência de imposto de renda. "A partir do momento que o governo reduz a taxa Selic, o meu título público que rendia 12,75% ao ano, rende 11,25%, e com expectativa de cair um pouco mais. São 1,5% de rentabilidade a menos em um ano", explicou.
Ele dá o seguinte exemplo: um fundo DI com R$ 10 mil e taxa de administração em 2,5%, que é normalmente o que se encontra no mercado brasileiro. Num cenário de Selic a 11,25%, a rentabilidade bruta seria algo em torno de 8,5% em um ano. Se descontar o Imposto de Renda, seria uma rentabilidade líquida de algo em torno de 7% ao ano.
"Então, são 7% do fundo contra uma poupança pagando ao redor de 7,20%. Você vê que a poupança já passa a ter benefício pelo fato de não pagar IR", ponderou o gerente.