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Futuro do trabalho: quem está apto para as mudanças do mercado?

Por Bruna Zonis, Head de People na Escola DNC

Autor: De Assessoria de ImprensaFonte: Bruna Zonis

Falar sobre o futuro do trabalho muitas vezes dá medo no profissional, independente da área que ele for. E isso é completamente normal, já que hoje vivemos em uma realidade digitalizada e as mudanças acontecem em um piscar de olhos.

No entanto, sou categórica em afirmar que esse cenário não é nenhum bicho de sete cabeças. Se a pessoa estiver aberta a enfrentar desafios e a se adaptar, ela consegue tranquilamente se adequar às novas profissões e funções do mundo digital.

O futuro do trabalho une tecnologia e habilidades humanas. Competências técnicas, como a análise de dados e a programação, estão cada vez mais demandadas pelas empresas que não são necessariamente apenas do segmento de tecnologia. Ao mesmo tempo, as soft skills, como inteligência emocional, adaptabilidade e comunicação eficaz, se tornaram essenciais no currículo de qualquer colaborador. Profissionais que souberem aliar essas habilidades técnicas com uma mentalidade de inovação e colaboração terão uma vantagem competitiva.

Não vejo como escapar disso. A saída é encarar a situação de frente e, resumidamente, estar disposto a fazer duas coisas: acompanhar de perto as mudanças tecnológicas no mercado e aprender de forma contínua.

Quais as tendências do mercado?

É claro que em meio a uma transformação digital generalizada, as áreas ligadas diretamente à tecnologia estão crescendo cada vez mais.

Por outro lado, há setores que, mesmo que não estejam totalmente ligados ao segmento de tecnologia, se digitalizaram de uma maneira orgânica e, até mesmo, inovadoras. Áreas como ciência de dados, marketing digital, tecnologia, desenvolvimento de produtos e gestão de projetos são extremamente promissoras. A análise de dados já está no centro das decisões estratégicas das empresas, permitindo que elas compreendam melhor o comportamento dos consumidores e tomem decisões mais assertivas.

O marketing digital, por sua vez, tendo um foco no entendimento profundo das preferências e interesses dos clientes, tem buscado profissionais que saibam aplicar novas ferramentas de automação e personalização no dia a dia.

Outro ponto de destaque é o crescimento de funções e profissões relacionadas à sustentabilidade e à economia circular. Tanto empresas quanto governos estão à procura de soluções para minimizar impactos ambientais, algo que, inclusive, aquece setores como o desenvolvimento de produtos e a gestão de projetos.

Como se capacitar?

Se um dos maiores desafios do profissional moderno é lidar com o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas, entendo que o aprendizado constante é o caminho inevitável para se manter atualizado em novas ferramentas e metodologias. A resiliência, agilidade e a capacidade de “desaprender” antigas práticas, dando espaço para novas abordagens, fazem parte da trajetória de qualquer pessoa que deseja crescer na carreira atualmente.

A ascensão da inteligência artificial (IA) é uma grande prova disso. Entender a aplicação prática de uma tecnologia que otimiza tarefas repetitivas, permitindo o foco em atividades estratégicas e criativas, é fundamental para todos os profissionais, especialmente aqueles que lidam com grandes volumes de dados.

Hoje, a presença de um ambiente digital e descentralizado é uma realidade em diversas empresas e startups, o que tem causado um aumento particular nas buscas por pessoas com habilidades de liderança eficaz, mesmo à distância. Ou seja, aquelas com competências em comunicação clara, na gestão de equipes híbridas e no engajamento de colaboradores de diferentes culturas.

Aliás, esses e outros conhecimentos ligados à transformação digital são também bastante essenciais para quem está em uma fase de transição de carreira. Muitas pessoas estão optando por mudar de área com a transformação do trabalho, seja para ter mais reconhecimento, flexibilidade na rotina ou até para se afastar de um ambiente tóxico.

Esse reposicionamento não é feito do dia para noite, muito menos sem preparação. É preciso conhecer os setores mais aquecidos, identificar o próprio perfil profissional e acompanhar novidades com mais intensidade do que nunca.

Hoje, já existem edtechs que oferecem plataformas de aprendizado que combinam teoria, prática e networking para ajudar nesta movimentação. São recursos que podem ser muito úteis para aqueles que estão nesse momento da vida, mostrando os caminhos para tomar uma decisão embasada e totalmente consciente.

Pensando em todas essas possibilidades, fica claro que o futuro do trabalho está nas nossas mãos. As profissões do futuro exigirão que os profissionais sejam ágeis, flexíveis e dispostos a aprender continuamente. Se você for o arquiteto da sua própria carreira e construir uma trajetória com base na inovação e no seu próprio potencial, grandes oportunidades irão bater - ou continuarão batendo - na sua porta.

*Bruna Zonis é Head de People e Gerente de RH na Escola DNC, onde se destaca como especialista em Gestão de Pessoas, com ênfase em Desenvolvimento Organizacional e Transformação Cultural. Com uma vasta experiência generalista em Recursos Humanos, Bruna atua em diversos subsistemas, como Business Partner, Well-being, Employer Branding, Employee Experience, Talent Acquisition, Remuneração, Treinamento, Comunicação Interna e People Analytics.