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6 dicas para as empresas se protegerem de fraudes financeiras
Especialistas da Conta Simples e BugHunt explicam que governança e compliance são fundamentais para mitigar riscos
No cenário corporativo atual, as fraudes financeiras representam uma ameaça constante e crescente para empresas de todos os tamanhos e setores. Com o avanço da tecnologia e a complexidade dos mercados, as organizações enfrentam desafios cada vez mais sofisticados para proteger seus ativos e garantir a integridade de suas operações.
No último ano, a preocupação com fraudes aumentou para 58% das empresas no Brasil, segundo uma pesquisa da Serasa Experian. Entre as grandes organizações, esse número é ainda maior, com 68% relatando maior atenção ao tema em comparação ao ano anterior. Para essas companhias, a “proteção de operações fraudulentas” se tornou a segunda maior prioridade em 2024, atrás apenas da conquista de novos clientes. Esse crescente foco na prevenção de fraudes também impactou os orçamentos, fazendo com que os investimentos em prevenção saltassem da quinta para a terceira prioridade neste ano.
Neste cenário, a governança corporativa e o compliance têm papel crucial na proteção contra fraudes, uma vez que estabelecem diretrizes claras e mecanismos de controle que permeiam toda a estrutura organizacional. De acordo com Rodrigo Tognini, CEO da Conta Simples, empresas que investem em boas práticas de governança não apenas aumentam sua resiliência contra fraudes, mas também aprimoram sua capacidade de detectar e responder a irregularidades antes que causem danos significativos.
Para Bruno Telles, COO da BugHunt, empresa pioneira em Bug Bounty, um programa de recompensa por identificação de falhas, estabelecer uma política de segurança bem estruturada e rigorosa também é essencial na prevenção de fraudes financeiras em empresas. “Isso garante o cumprimento de uma série de etapas que vão desde a implementação de sistemas capazes de monitorar atividades suspeitas em tempo real até a educação de colaboradores sobre as melhores práticas de cibersegurança”, destaca.
Pensando nesses desafios, os especialistas listaram seis dicas para as empresas se protegerem de fraudes financeira:
1. Garantir conformidade com políticas internas
As políticas internas de uma empresa são a base da sua integridade financeira. No entanto, essas diretrizes só são eficazes se forem rigorosamente seguidas pelos funcionários. “Garantir a conformidade é um processo que envolve uma transformação cultural em toda a empresa. É importante ter treinamentos regulares sobre as políticas de compliance e até mesmo auditorias periódicas para verificar se todos estão cumprindo as regras estabelecidas”, explica Tognini. O uso de sistemas de gestão integrados, por exemplo, pode auxiliar no monitoramento dessas políticas em tempo real, fornecendo alertas quando ocorrerem desvios e permitindo correções imediatas.
2. Eliminar gastos invisíveis
Muitos casos de fraude financeira envolvem despesas que passam despercebidas ou não são devidamente categorizadas. Para evitar esses gastos invisíveis, o CEO da Conta Simples aponta que é essencial que as empresas adotem uma gestão de despesas rigorosa e transparente. “Implementar plataformas que oferecem visibilidade total sobre as transações realizadas é um passo importante, permitindo que a origem e a justificativa de cada despesa sejam compreendidas com clareza”, comenta. “Uma análise detalhada dessas informações pode revelar padrões suspeitos e ajudar na tomada de decisões mais informadas, evitando a recorrência de despesas indevidas”, ressalta.
3. Fortalecer a gestão
Uma gestão eficaz é fundamental para prevenir fraudes financeiras. As empresas devem estabelecer processos claros e definidos para o controle de despesas, garantindo que todos os gastos sejam monitorados e aprovados por diferentes níveis de autoridade. “Outro exemplo são as plataformas de gestão de despesas, que permitem que as empresas acompanhem cada transação em tempo real, identificando e evitando rapidamente gastos duplicados ou não autorizados. Essas ferramentas também podem enviar notificações automáticas por e-mail sempre que uma compra for realizada, facilitando a rastreabilidade e a transparência das operações”, esclarece Tognini.
4. Implementar uma cultura de segurança
Promover uma cultura de segurança da informação dentro das empresas é essencial para prevenção de fraudes financeiras, e isso inclui a gestão e educação dos colaboradores sobre condutas de cibersegurança. De acordo com o COO da BugHunt, é importante educar funcionários sobre práticas seguras por meio de treinamentos e workshops. “Desta forma, eles conseguirão identificar e-mails fraudulentos, anormalidades nas comunicações e até golpes mais sofisticados, como deep fakes, além de reforçar a importância de relatar atividades suspeitas”, afirma.
5. Investir em ferramentas para segurança
Investir em recursos de defesa é extremamente recomendável para criar uma primeira barreira de proteção para as empresas e evitar prejuízos financeiros. Para Telles, deve-se adotar uma abordagem de segurança em várias camadas, o que inclui a implementação de dispositivos robustos, sistemas de detecção e prevenção de intrusões e criptografia de dados sensíveis em repouso e em trânsito. “Ferramentas como firewalls, antivírus, autenticação multifatorial e modalidades como o Bug Bounty, com o apoio de pesquisadores de segurança, funcionam como uma barreira essencial para identificar e corrigir vulnerabilidades, evitando a infecção dos sistemas por malware e outros tipos de ataques cibernéticos”, pontua o executivo.
6. Criar um plano de resposta a incidentes
Outra recomendação do COO da BugHunt é desenvolver um plano de resposta a incidentes de segurança realista e bem estruturado, considerando todas as possibilidades de riscos. “Desta forma, é possível assegurar uma ação mais rápida e eficaz em casos de violação de segurança, além de ser também um passo essencial para a recuperação da credibilidade da empresa diante de clientes, parceiros e colaboradores”, conclui.
Sobre a Conta Simples
A Conta Simples é a principal plataforma de gestão de despesas de cartões corporativos do Brasil. Com o propósito de oferecer autonomia para equipes e controle dos gastos financeiros das empresas, a marca oferece uma gama completa de soluções, desde uma plataforma de gestão de despesas por meio de múltiplos cartões corporativos, além da conta PJ.
Com mais de cinco anos de atuação no mercado, a Conta Simples é uma das maiores fintechs em termos de usuários e volume transacionado. Ao todo, são mais de 30 mil clientes ativos, além de mais de 500 mil cartões criados. Somente em 2023, a empresa transacionou o valor de R$18 bilhões.
Sobre a BugHunt
A BugHunt é uma empresa de cibersegurança referência em Bug Bounty, programa de recompensa por identificação de falhas. Pioneira na modalidade no Brasil, une uma comunidade de mais de 20 mil especialistas a marcas comprometidas com a segurança da informação e privacidade de dados.
Criada em 2020 pelos irmãos Caio e Bruno Telles, a BugHunt é responsável por democratizar o acesso à segurança digital e garantir proteção antecipada por meio da identificação de vulnerabilidades que colocam em risco a operação de organizações de diferentes setores de atuação, como OLX, WebMotors, Warren Investimentos e Tim do Brasil.